- Como se prepara para uma temporada internacional uma dupla que nunca jogou junta?
"Estamos andando pela Itália. Estou satisfeita com aquilo que estamos fazendo, estamos treinando bem. Para a gente, essa é a segunda vez que estamos no seu país, viremo suma terceira depois mergulharemos nessa nova experiência, iremos ao Brasil para a primeira etapa do circuito mundial."
- Vocês já se conheciam?
"Sim. Jogamos juntas no juvenil no Münster (time da primeira divisão do campeonato alemão), depois nossos caminhos se separaram. Eu continuei nas quadras e vim para a Itália, enquanto a Rieke estudou e foi para a praia em 2005."
- Como está a temporada em Roma?
"Diria que bem. Para a gente é bom trabalhar em quadra e encontrar o ajuste fino. Falamos pouco, nossos treinamentos são muito intensos."
- Para vocês é a primeira vez na capital?
"Sim, mas infelizmente ainda não tivemos tempo para conhecer nada na cidade, esperamos ter um pouco de tempo para fazer um passeio antes de irmos embora."
- Voltarão para o Grand Slam?
"É a nossa esperança, esperamos ir bem logo no Brasil e na China e assim acumular os pontos necessários para jogar também em Roma."
- Ano passado, no circuito masculino, se destacaram os seus compatriotas Brink-Reckermann. A escola alemã cresceu muito nos últimos anos..
"Nos últimos anos cresceu a nível técnico, mas sobretudo na organização. Algumas duplas, como Brink-Reckermann, já são ídolos para os mais jovens que se aproximam do vôlei de praia e isso naturalmente faz com que tudo fique mais simples."
- Como decidiu passar ao vôlei de praia?
"Joguei vôlei até abril do ano passado, quando estava em Istanbul. Depois da passagem pela Turquia senti a necessidade de dar uma pausa, para entender o que queria fazer da minha vida. Passei 8 anos fora do meu país e posso te garantir que não é fácil. Naquele momento queria descobrir a minha casa. O motivo pelo qual fui para a praia é que depois de tantos anos 'indoor' precisava de novas emoções e novos desafios. Para um atleta não é fácil se adequar à vida normal."
- Você foi uma grande campeã na quadra, como é a nova vida na praia?
"Não é simples. O vôlei de praia pressupõe um aspecto que eu definiria como auto responsabilidade. Eu e minha companheira somos responsáveis por 100% das escolhas que fazemos, dos treinamentos ao treinador, onde e como desenvolver a nossa preparação."
- Quais são as maiores dificuldades que você está encontrando nessa passagem para o vôlei de praia?
"À nível técnico para mim são três aspectos os mais difíceis: me habituar a jogar na areia, o condicionamento do vento e jogar só com duas pessoas. Na quadra, quando você recebe, não necessariamente você irá concluir a jogada, na quadra ao contrário, deve levantar rapidamente e correr porque deve atacar. Outro aspecto que não podemos desprezar é o lado mental, se uma das duas ceder fica difícil, precisamos dar sempre o máximo."
- O que você espera dessa nova vida de atleta?
"Espero vivê-la como uma experiência, tudo aqui. Estou curiosa para saber o que conseguirei fazer. Devo ter paciência porque quero me divertir, mas também vencer."
- Aos 30 anos acha que , dada a sua experiência, pode gerir melhor a tensão ou se sente como uma menina ainda começando?
"Um mix desses elementos. Em alguns aspectos devo partir do zero e trabalhar muito tecnicamente, porque é muito diferente, me parece, do vôlei indoor. Um aspecto que pode me ajudar, ao menos eu acredito, será a experiência acumuladas nesse anos de atividade. Acho que posso lidar bem, à nível mental, com os momentos difíceis."
- A praia na Alemanha.. tem muita expectativa sobre o que você vai fazer visto o que você fez na quadra?
"É inútil negar. Existem algumas expectativas. Tem muita expectativa em torno de mim, até porque no nosso país o nível do esporte cresceu muito. Dito isso devo dizer que nós queremos nos divertir. Não levamos em consideração o que os outros pensam e dizem sobre nós. O juízo dos outros não nos interessa."
Aproveitando a passagem pelo país onde viveu por tantos anos, Angelina foi visitar o clube onde viveu grandes momentos e onde com certeza deixou muita saudade. Foi à Bergamo visitar suas ex-companheiras e matar a saudade do Palanorda, sua casa por tanto tempo.
É, ela deixou saudades! quem viu a Grün jogar uma final com certeza não se esquecerá. Como crescia na hora que o time precisava. Que ela brilhe tanto na praia como brilhou nas quadras. O voleibol agradece.
fonte: beachvolleyroma.com
fotos: grupo Forza Foppa no facebook postadas por Andrea Veneziani
Angelina Grün é craque.
ResponderExcluirVerdade Marcelo....a Grun pra mim foi uma das melhores de todos os tempos...vai deixar saudades msm...
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