O site polonês reprezentacja.net está acompanhando de perto a seleção polonesa em sua preparação, e aproveitaram para fazer uma entrevista exclusiva com a estrela do time, Katarzyna Skowronska, que após um ano fora está de volta a seleção. As perguntas foram enviadas pelos próprios fãs que acessam o site. Vamos colocar aqui a primeira parte da entrevista, onde ela fala da mudança para a Turquia, e também sobre Fofão. A tradução foi feita pelo usuário Mateo, do fórum inside-volley.com.
Parte 1 -
- Você começou a jogar vôlei no varal de tapetes (na Polônia, o varal é de ferro, e muitas crianças usam como a rede de vôlei, ou para brincar de se pendurando) como tantas outras, mas alguém da sua família joga vôlei?KS: Bem, eu costumava brincar no varal quando era mais nova, mas nunca joguei vôlei com ele, tive sorte suficiente de ter a oportunidade de jogar vôlei no clube (aaa, meus papéis de perguntas voaram)...e no varal costumava brincar com outras meninas, mas de "linguiça" era como era chamado (se pendurar). Sim, meus irmãos jogavam vôlei antigamente, mas não jogam mais, mas graças a eles que comecei no voleibol, então eu sou a única que joga vôlei na família agora, é suficiente (risos).
- Você deu um tempo na seleção, e agora está finalmente de volta. Gostaria de te perguntar sobre a sua saúde.
KS: Eu gostaria de estar 100%, mas infelizmente o esporte profissional é brutal, todas as meninas aqui na seleção tem algum problema, como vocês sabem eu tenho problemas no tendão de aquiles após ter machucado e passado por uma longa reabilitação posso usar 90% dele agora, mas tirando isso estou bastante saudável (sorriso).
- Que número vai usar na sua blusa na seleção?
KS: Eu espero muito que algumas coisas se resolvam na organização do voleibol polonês e eu possa retornar a ser número 1, já que sempre joguei com esse número (ano passado a Baranska jogou com esse número) e seria bom se respeitassem isso.
- Como se sente na seleção após um ano longe e o que acha da cooperação com Jerzy Matlak?
KS: Até agora me sinto bem. É muito bom pra mim retornar a seleção, é como...senti saudade ano passado quando não pude jogar, o que posso dizer, estou feliz de estar aqui e que posso ganhar nova experiências com Jerzy Matlak, estamos trabalhando bem até agora. Ele é muito verdadeiro, e eu espero que possamos achar um entendimento mutuo.
- O que acha do seu novo time, como se sente em jogar novamente com Christiane Fürst em um time?
Ks: Presumo que esteja falando do meu time em clube certo? (risos) Para falar a verdade eu acho que é uma equipe muito forte que foi construída para vencer a Champions League. Estou feliz de jogar com a Christiane porque ela é uma menina legal que se doa muito pela equipe e o mais importante ela é uma jogadora incrível, então será mais uma ótima temporada em sua companhia, assim fico muito feliz por isso.
- Sua futuro companheira de time será Fofão, como se sente sobre isso? Você a conhece (pessoalmente)?
KS: Sempre disse que gostaria de encontrá-la em um time porque até agora só havíamos jogado uma contra a outra e esse ano tenho a sorte de jogar com ela o que me deixa muito feliz. A conheço fora das quadras, conheço também seu marido. Eu espero, no entanto, que possamos nos conhecer melhor agora e tenho certeza que ela é ótima menina.
- Você acha que, com tantas estrelas na equipe, o Zé Roberto consegue criar um time sólido coletivamente com um espírito de equipe considerando tão pouco tempo entre o Campeonato Mundial e a Champions League? Você acha que o fato do Zé Roberto ser o treinador aumentam as suas chances de vencer a Champions League?
KS: Boa pergunta. Acho que o mais importante no voleibol é criar um time coletivo porque não importa quantas estrelas tenha no time, se não se entenderem podem acabar não ganhando nada, então o Zé Roberto com sua experiência e características vai fazer com que consigamos ser coletivas em um menor período de tempo, ele sabe como criar uma atmosfera na equipe, e tem tantas jogadoras tão experientes que todas nós sabemos o que é importante e qual é o nosso objetivo.
- Quais as boas lembranças que você tem de Pesaro?
KS: São tantas que precisaria ficar aqui com vocês até amanhã para listar todas. Definitivamente duas temporadas incríveis com o clube onde ganhei o Campeonato Italiano duas vezes seguidas, são lembranças inesquecíveis, nunca vou esquecer. Também conheci amigos para toda a vida, deixei o clube com uma boa atmosfera. Sobre lembranças ruins? Quem quer lembrar delas? Sou sempre otimista e não quero trazê-las de volta. Uma delas foi minha lesão, mas agora estou feliz de voltar a seleção.
- Em que clube polonês você mais gostaria de jogar?
KS: Eu não sei (sorriso). Nunca pensei sobre isso, não quero discriminar nenhum clube. Se eu escolher um no futuro vai responder a pergunta. (sorriso)
- Você tem preocupações sobre se mudar para a Turquia?
KS: Se fosse tão simples a vida seria linda. Tenho toneladas de preocupações. Há muitas coisas que me preocupam. No clube definitivamente será bom, as meninas, será um bom treinador, é incrível, o clube é muito profissional. Minha maior preocupação em Istanbul é o tamanho e a população, está além de mim. Eu já estive em Istanbul antes, mas agora vou ter que viver lá. Mas o mundo pertence aos bravos. Consegui viver na Itália mesmo sem saber a língua, e então aprendi. Não planejo aprender turco, mas, quem sabe, talvez aprenda algo.
- Seu relacionamento com Nati Osmrokrovic melhorou?
KS: (risos) Isso é coisa criada por vocês. Nunca tive nenhum problema com a Natasha (elas jogaram juntas no Novara). Para esclarecer as coisas, nos entendemos muito bem. Talvez a gente não saia junto, mas porque a Natasha é mãe e tem outras responsabilidades. Nosso relacionamento é bom.