quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Francesca Piccinini - Storie di Donne

Francesca Piccinini, estrela do voleibol italiano, particiou de um programa em seu país que conta a história por trás de mulheres com grande sucesso. A capitã do Foppa falou de como começou a jogar e se emocionou ao comentar o apoio do pai, que tem registrado todos os momentos da carreira da filha. Veja a tradução do vídeo abaixo.  Se você não conseguir ver o vídeo por aqui pode abrir o link no youtube.



Francesca Piccinini: "Oi, sou Francesca Piccinini. Jogo voleibol a vida inteira e ainda tenho muita vontade de jogar esse esporte. Agora vou contar a minha história. Como atleta e como mulher."

FP: (falam) de ser bonita e não competente, mas eu sempre respondo que nunca ganhei uma medalha ou que no mural do meu pai não tem uma medalha de Miss Itália. Nunca me deram uma medalha pelo meu aspecto físico, sempre tive que demonstrar, suar ponto a ponto."


As medalhas, conquistou sempre com trabalho, como faz todo atleta. Francesca Piccinini é alta, loira e por isso esteve sempre nas páginas dos jornais, mas a sua coleção de medalhas não deixa dúvidas, se fosse só bonita não teria chegado até aqui.

Há 14 anos veste a camisa “azzurra”, joga no Volley Bergamo, atual campeão italiano. O voleibol tem no sangue, desde sempre. A beleza não importa, mas sim a determinação, a persistência, o ‘quero, logo consigo’.


FP: "Francesca é uma mulher muito determinada, muito sensível, muito doce, mas também, ao mesmo tempo, muito batalhadora, agressiva, principalmente quando estou em quadra."

Uma paixão que nasceu diante da TV,enquanto, ainda criança, fazia o dever com a irmã, um ano mais velha. (Na verdade a irmã da Francesca, Chiara, é um ano mais nova)

FP: "Ir à escola junto. Primeiro no maternal, depois no elementar e mais tarde no médio. Com certeza lembro de muitos deveres e muitos jogos que fizemos juntas e com ela eu comecei a jogar voleibol. Quando víamos o desenho animado (Mila e Shiro), entre um dever e outro, mais ou menos às quatro da tarde. O amor pelo voleibol começou exatamente a partir desse desenho animado. Logo que vi os primeiro episódios falei com os meus pais ‘Mãe, pai, quero jogar vôlei, quero jogar contra as jogadoras do desenho...’ e eles me responderam 'Francy, do que você está falando?’ (risos)
Com a minha vontade e meu amor por esse esporte consegui, mais tarde, chegar aonde queria chegar. Por que aconteceu? Porque eu acreditava naquilo que fazia, porque eu colocava amor, colocava determinação, em tudo que fiz. Acredito que a maior parte das pessoas que querem alguma coisa, se elas dão tudo que podem, no final conseguem.
A primeira vez que fui para a seleção eu era como um 'tronco de madeira', muito envergonhada. Eu estava ali com todas as jogadoras que via na televisão, para mim eram ídolos e jogar com elas, ter a oportunidade de almoçar com elas, jogar com elas, eu realmente estava, todo dia não só no primeiro, estava sempre eufórica, emocionada."


Com 14 anos estava na seleção juvenil e na série A. Com 16, na seleção principal. Com 18, no Brasil como a primeira italiana a jogar no exterior e não parou mais.

FP: "Recentemente venci o Scudetto, mas no total foram 4 Scudettos, 5 Copa dos Campeões (Champions League), 1 Copa do Mundo, 1 Mundial, 1 Europeu, 2 Copa CEV.. e não me lembro mais o resto.. (risos)"

E depois, uma vez que chegou ao pódio, a curiosidade a levou a saltar uma outra barreira.

FP: “Eu tive muitas propostas... como o calendário, como a de fazer o livro, de participar de um filme e eu nunca dei pra trás.. ou mesmo fazer as fotos."

Foto, um calendário,um filme, um livro com o título estranho: ‘La Melagrana’, o fruto em que Francesca se reconhece.

FP: "Melagrana (romã, em português) porque se parece comigo. Escolhi essa fruta porque se exige muita paciência para comê-lo, para degustá-lo e nos dias de hoje estamos habituados à uma vida muito frenética, tudo muito rápido. Esse fruto, ao contrário, precisa de tempo para comê-lo, para saboreá-lo e eu sou assim. Para conhecer a Francesca precisa de um tempo e também, Francesca é um pouco doce, um pouco áspera, como a romã, que dentro você pode encontrar grãos doces e outros amargos."

E entre bolas de triunfo e determinação, sacrifícios e objetivos aparece a figura central no seu longo caminho para o sucesso.

FP: "Quem acreditou, junto comigo, nesse meu percurso de vida, nesse desejo, que vinha realmente lá de dentro do meu coração, com certeza foram os meus pais."

Os pais, a família, aquele pai e aquela mãe, que de longe se alegraram com ela, a acompanharam em cada ângulo do mundo sem sair da casa deles, em Massa.

FP: "Os meus pais também fizeram muitos sacrifícios, porque me levavam pra lá e pra cá, me acompanhavam nos jogos, nos treinos. Eu saía da escola, fazia os deveres e a noite eles me levavam ao ginásio, estavam ali comigo. Depois eu voltara pra casa e me faziam algo pra comer às 11 da noite. Então, eles também acreditaram naquele que era o meu sonho."

Roberto Piccinini: “Essas são under-16, under-17 do campeonato italiano, a Supercopa Européia, essa é a Copa das copas, essa é o segundo lugar no Brasil."

FP: "(falando do pai)Uma pessoa muito verdadeira, muito direta, um pouco rude, mas, de qualquer forma, os pais normalmente devem ser assim, as mães são sempre aqueles mais doces."

RP: "Depois tem a Copa dos Campeões, a primeira, essa é dos Jogos do Mediterrâneo."

FP: "É um pai que sempre me acompanhou, talvez nem sempre fisicamente, mas de longe estava sempre ali."

Nunca perdeu uma partida, diz a repórter.

FP: "Verdade.. hum.. estou ficando emocionada" (A jogadora para para secar as lágrimas).

RP: "Esse é o primeiro campeonato italiano que venceu."

FP: "Ele tem tudo sobre mim, qualquer coisa. Se eu peço ‘Pai, queria ver a partida de quando tinha 14 anos’, ele tem. Qualquer vitória, qualquer derrota, qualquer troféu, medalha, artigo de jornal."

RP: “Essas são todas as partidas da Francy, que gravei."

E na videoteca não tem apenas TODOS os jogos da carreira de Francesca, tem também a filmagem da festa que sua cidade fez em homenagem ao título mundial de 2002.

FP: "Cheguei na praça, todo mundo de Massa estava ali. Enfeitaram a praça com uma rede de vôlei, tinham várias crianças. Eu naquele momento era só lágrimas, emoção.. ter voltado com o Mundial foi uma grande emoção. Eu saí de casa jovem, tive que crescer muito mais rápido que as meninas da minha idade, até porque estava sempre longe delas. Eu vivi sempre longe e com certeza isso me fez falta, mas estou recuperando agora, quando tenho qualquer dia livre vou correndo pra casa."

Se você gostou e quiser saber mais detalhes sobre a carreira dessa grande jogadora confira aqui o perfil que fizemos dela ano passado.

fonte: vivovolley.net, Agradecimento: Marina Andrade

7 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Linda,linda essa matéria!Por trás de grandes ídolos existem lindas histórias!Queria muito que a Picci fosse coroada com uma medalha de ouro olímpica,quem sabe em Londres ela consiga.Vencedora!

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  3. No grand prix ela não estava sem 100%?!!!
    Porq ela jogou???

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  4. A Piccinini, como jogou a final do Campeonato Italiano, começou a treinar com a seleção dps,comparado a Del Core e Costagrande.

    Ela está saudável, mas ainda não no melhor da sua forma física o que é normal. Ela jogou o Grand Prix, pq estar em quadra jogando faz parte do processo de se alcançar a melhor forma física. E é tbm um teste para saber como vc está...como se sente. É um processo natural que todo atleta passa para chegar no seu melhor....todo início de temporada para qqer atleta é assim, e deve ser assim, senão atrapalha o rendimento no final.

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  5. Linda matéria, Joana.

    Mas eu achava que ela tinha 17 anos quando veio jogar aqui.

    Sou fã da Picci. Podem falar o que quiserem dela, mas quando a coisa está feia é só ver quem a Leo aciona. Pois é. E normalmente é bola no chão.

    Na minha opinião talvez ela esteja muito acomodada no Foppa, a tal "zona de conforto", e quem sabe seria bom pra ela ir jogar em outro lugar. Eu recomendo o Brasil. ;-)

    Ninguém é insubstituível, claro, mas no dia que o volei perder uma estrela como a Picci o esporte ficará bem mais pobre.

    Ah, e a danada ainda está bonita como nota de cem dólares, né não?

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  6. A Picci é de 79, ela tinha 19 anos quando jogou aqui. ;)

    Nao acho q ela ta acomodada nao, ao contrario..acabou de ser campeã Italiana! :)

    Sao poucas as jogadoras que conquistaram tantos títulos quanto ela....e ela ama Bergamo, faz historia ficando lá tanto tempo, até o final do contrato, completará 15 anos no msm time! Raro ver isso hoje em dia.

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