"O Grand Prix não foi fácil. Tivemos que afrontá-lo com boa parte das titulares, uma informação tardia que nos obrigou a mudar a programação. Quanto a isso eu assumo a responsabilidade. Tinha programado um agosto de trabalho com as titulares na Itália, não foi possível por causa das regras da FIVB e uma vez fora, queríamos trabalhar sempre mais, mas entre viagens e treinamentos específicos isso é difícil."
Porém, as meninas de uma forma geral reagiram bem à mudança na programação. Estão de parabéns também por aceitarem dar a cara, mesmo longe das melhores condições.
"Sim, as meninas merecem cumprimentos, por direito. Para atletas de alto nível não é fácil aceitar entrar em quadra fora das melhores condições."
Uma avaliação?
"No fim o resultado, a classificação final é satisfatória. Obviamente nos demos conta que precisamos trabalhar muito. Foi um Grand Prix que nos mostrou que precisamos trabalhar mais. Devemos fazê-lo no pouco tempo que temos sob aspectos individuais e de time. Mas estamos conscientes."
O 3º lugar não satisfez a todos. Para nós é um grande resultado, visto como foi a preparação para esse Grand Prix.
"Talvez tenhamos acostumado as pessoas ao redor muito bem. Mas repito, somos um time forte e como todos os times fortes precisamos trabalhar muito. Pontos simples: voltar ali para fazer aquilo que sempre fizemos nesses anos, muita técnica e o 6 contra 6. Depois quando se vence por um ano inteiro, sem nunca perder é tudo normal. Se perde um jogo no tie-break logo ligam o alarme. Isso é um erro. O importante, porém, é que eu e minhas meninas estejamos conscientes do quanto temos que trabalhar."
Brasil e EUA, bela realidade.
"O Brasil não é uma novidade, quem talvez tenha impressionado foi os EUA, um time bem organizado, que reúne alguns importantes aspectos individuais a uma boa organização de jogo. Nos encontraremos em dois meses."
E chegamos a Costagrande. Agora sim, dois meses atrás não. O que mudou?
"Bem, só os estúpidos nunca mudam de idéia. Depois, é tudo muito simples. A mudança na programação, o tempo e o desenvolvimento da dinâmica do grupo nessas condições, me fizeram sentir no direito e no dever de mudar de idéia. Ter uma jogadora de valor a mais, nesse momento, é importante."
Uma curiosidade. Há dois meses você a disse não, mas de nenhuma parte teve qualquer polêmica, tensão. Normalmente no esporte acontece o contrário.
"Quando você fala claramente, não teremos nenhum problema. Falando abertamente, é óbvio que não se pode sempre dizer as coisas que talvez os outros esperem. Mas se tem bom senso e clareza e motivação para encarar as decisões e as escolhas não há porque ser assim."
Costagrande elimina o projeto Gioli de oposta com três centrais em campo?
"São situações diferentes. A da Simona Gioli era ligada ao projeto inicial, que me permitiria ficar um mês treinando na Itália, durante o período do Grand Prix, com a Simona e as outras titulares. É uma situação que agora continuaremos treinando, uma solução a mais. Mas o tempo é pouco..."
Programação. Cagliari é uma competição importante para o ranking do próximo ano, chave para as Olimpíadas?
"Sim. Queremos e devemos nos classificar ao Grand Prix 2011, porque nos dará pontos no ranking no caminho para a classificação aos Jogos de Londres."
Uma curiosidade. Nesse verão você teve junto um grupo de quase 30 jogadoras e a colaboração dos técnicos dos clubes sem qualquer problema. Qual é o segredo?
"Não tem nada para esconder. Nada a temer, se está seguro do trabalho que faz, não deve e não pode ter medo de dividir as experiências e não deve ter vergonha de pedir conselhos. Eu acho natural. A coisa importante é perceber que nos falamos sem nos zombar. E depois falamos de coisas divertidas."
Um grupo grande com atletas de várias idades não é uma novidade. Também no exterior se trabalha assim. A Polônia, atual campeã européia no masculino, tem um grupo alargado. Demonstração de que é o caminho certo.
"Na final do Mundial adulto e no final do Europeu junior com Marco Mencarelli, entre novembro e dezembro, se voltará a trabalhar e programar o futuro. E sobre o grupo alargado, não sei se continuará, nem mesmo se me será permitido prosseguir essa estrada. Entendo eventuais exigências econômicas da Federação, porém se for possível, o caminho é esse."
fonte: volleyball.it
O Barbolini até que enfim abriu a cabeça ...rsrsrs a Costa Grande é uma importante jogadora para seleção...ja que a chave do mundial é bem difícil...hehehe
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