Costagrande explica saída, "Não seria útil se não estivesse 100%"

A ponteira Carolina Costagrande, que há poucos dias deixou a a seleção italiana, que se prepara para o Mundial, escreveu uma carta ao site www.pallavoliamo.it explicando porque está fora do time que tanto sonhou fazer parte.

"A decisão de tirar a camisa italiana, depois de um mês de trabalho, foi sofrida, mas se revelou a melhor dadas as minhas condições físicas e a situação geral que se apresentou. Quando recebi a convocação do Massimo Barbolini estava seguindo uma preparação que visava chegar em forma no início do campeonato russo, que assim como o italiano começará depois do Mundial, no final de novembro. Ao mesmo tempo estava fazendo uma continua recuperação de uma inflamação no joelho direito."

"Desde o início, a minha participação no Mundial era, portanto, uma aposta, seja da minha parte como da seleção. Combinamos que tentaríamos diminuir o tempo da minha recuperação para que eu chegasse ao Mundial em plena forma e seja da minha parte como do staff da seleção se teve o máximo impenho para que essa aposta fosse vencida. Infelizmente não foi assim que aconteceu: chegado o início dos últimos amistosos antes das competições oficiais, não podendo ainda fazer parte dos jogos, não me sentindo bem fisicamente, procurei o doutor Zinni, de Pesaro, que me acompanha há cinco anos e que me passou o programa de recuperação, que entendeu minha preocupação e consultou, em acordo com o staff, o professor Ferretti de Roma, que julgou prematura minha participação em um campeonato com ritmo tão intenso e de alto nível, dado o risco de prejudicar o andamento da próxima temporada."

"Considerados todos os compromissos assumidos com o time do Dínamo Moscou, antes da convocação, e sobretudo escutando as sensações que tive em campo durante o período de treinos, achei oportuno seguir o parecer dos dois médicos que me avaliaram. Isso fez com que a decisão fosse um pouco mais fácil, mas não menos dolorosa. Tive uma grande experiência com a seleção, fui acompanhada dia a dia por todo o staff, que fez de tudo para respeitar o meu tempo e me permitir chegar ao Mundial e é uma grande tristeza deixar esse time depois de tão pouco tempo. Por outro lado, não seria útil à seleção se não estivesse ao 100%. Eu quis dar a esse grupo a minha plena contribuição, mas não sendo possível acho justo que uma outra atleta, que trabalhou todo verão por esse objetivo, tenha a possibilidade de fazer um bom trabalho em uma competição tão importante. Desejo, então, muito boa sorte a todo time, que enfrentou muitos sacrifícios durante toda preparação e merece obter tudo que deseja."

"Agradeço por último ao Massimo Barbolini, que respeitou e acolheu plenamente a minha decisão. As portas continuam abertas de ambas as partes e só o tempo saberá dizer se esses meses com a azzurra foi apenas uma grande experiência ou se significa a entrada em um grupo do qual poderei, um dia, voltar a fazer parte, quando a minha contribuição poderá ser realmente importante."

fonte: volleyball.it e www.pallavoliamo.org