sábado, 21 de agosto de 2010

Kuzyutkin: "Esse ano participar do Grand Prix não era necessário"


O técnico russo Vladimir Kuzyutkin, assim como fez Sokolova, cedeu uma entrevista exclusiva ao site russiavolley.com. O técnico falou de como vai a preparação de sua seleção para o classificatório ao Grand Prix 2011 e também ao Mundial no fim do ano. Vamos a ela...

Não tendo visto os jogos com meus próprios olhos, fica difícil avaliar os amistosos na Polônia, onde a Rússia perdeu ambos, o primeiro por 3x0 e depois por 3x1. Como você avalia esses resultados?
Não dê importância alguma a eles. O principal motivo desses jogos foi diversificar o processo de treinamento, para dar as meninas alguma distração do intenso trabalho diário. Nós viajamos a Polônia não para jogar, mas para treinar, para achar o equilíbrio na preparação física e técnica de toda equipe. Por isso a carga de participação nas partidas foi distribuída de forma desigual. Algumas jogando muito, outras ao contrário, tiradas para evitar riscos de lesões.

Bem, e levou a equipe a um denominador comum?
Em geral, sim. No entanto, o processo para encontrar o equilíbrio continua. Entenda que duas das nossas líderes - Katya Gamova e Luba Sokolova - se juntaram a equipe muito depois das demais. Mas não é algo a se reclamar. Ambas, na temporada de clubes, foram muito exigidas. Para que acelerar o processo de reabilitação artificialmente? É melhor ganharem forma gradativamente. Não esqueçam: Gamova e Sokolova são profissionais. Elas estão totalmente cientes das possibilidades de seus corpos e, com esperança, no outono, elas estarão perfeitas.

Apesar da baixa importância dos jogos na Polônia, alguém se destacou?
Ficamos satisfeitos com Natasha Goncharova. Claro também, Tanya Kosheleva. Lesya Makhno usou a chance para ganhar uma posição, ao passo que, esperançosamente, finalmente achamos uma substituta a altura de Natasha Safronova. Vera Ulyakina e Startseva apresentam iguais chances de começar na equipe. As forças delas complementam uma a outra de forma perfeita. Eu sempre tenho espaço para manobras, o que é muito importante.

E se por acaso Ulyakina ou Startseva se machucam? Não é muito risco não chamar para a seleção uma terceira levantadora - Uraleva?
eu quero agradecer a Ira (Uraleva). Elas nos ajudou muito no período em que Ulyakina ainda se recuperava da cirurgia. Uraleva participou da Yeltsin Cup em Julho e contribuiu para a conquista da nossa equipe neste prestigioso troféu. Pela sua ausência entre as 18, não existe riscos aqui na verdade. Uraleva continua se preparando tranquilamente para a temporada de clubes em Balakovo, se algo acontecer e tivermos problemas na nossa convocação inicial ela retorna a equipe. Eu garanto.

O Campeonato Mundial começa 29 de outubro. Antes disso, além de Uraleva, você pode adicionar mais alguém?
Praticamente impossível. Bem, talvez alguém para o meio de rede. Agora tenho que confiar mais em Maria Duskryadchenko, Yulia Merkulova e Masha Borodakova. A princípio estou satisfeito. No entanto, a mesma Borodakova está exposta a lesões. Capazes de substituir tem Lena Murtazayeva, 8 meses atrás passou por uma cirurgia e está aos poucos ganhando forma. Tem Katya Bogacheva. Persistente, promissora, mas inexperiente. Estou, por tanto, obrigado a manter em mente sempre nomes de reserva em caso de lesões.

Em que vocês irão dar mais importância com a seleção em Anapa?
Quando na Polônia, focamos na parte física e técnica, agora daremos total atenção a parte tática. Com as atacantes, na defesa e assim em diante. E também não esquecer: Anapa - mar e sol - excelentes condições para diferentes procedimentos de recuperação.

Que outras atividades estão planejadas para a equipe antes do Campeonato Mundial?
Em Anapa devemos achar a base para uma boa performance do qualificatório para o Grand Prix 2011, que irá acontecer entre 17-22 de setembro em Cagliari. Nossos adversários serão Itália, Alemanha, Holanda, Turquia e Bulgária. Temos que terminar pelo menos em segundo. acho que em Cagliari será mostrado 80-90% das condições das equipes para o Campeonato Mundial. Duas semanas após o qualificatório ao Grand Prix, nós visitamos novamente a Itália para participar de outro torneio internacional. Depois retornamos a Moscou. E ao Japão, partimos 6 dias antes de começar o campeonato. Elas farão mais alguns jogos testes lá contra um clube local.

A não participação da Rússia no Grand Prix desde ano, prejudica muito a preparação para o Campeonato Mundial?
E quem disse que nós deveríamos participar? No ano passado foi uma outra questão. Lá o time renovado precisava realmente do maior número de jogos competitivos o quanto possível para que elas ganhassem confiança nas suas habilidades. Agora, que o time já está mais ou menos tomando forma, é bem mais útil se exercitar regularmente, e não sair viajando o mundo, gastando incontáveis aparições no Grand Prix.

Porque você dá tanta importância para o torneio em Cagliari? Porque o time russo deve estar no Grand Prix 2011?
Primeiro, porque para esta seleção será, de fato, o último teste sério antes do Campeonato Mundial. Segundo, também, é importante pensar numa prospectiva futura. Gamova e Sokolova não irão jogar para sempre. DE forma que, para preparar suas herdeiras, participar de torneios como o Grand Prix é de grande ajuda. Especialmente nos anos em que estamos livres de Mundial e Olimpíadas.

Falando nisso, de quão de perto você está acompanhando o Grand Prix 2010?
Pego todas as informações necessárias. Algumas conclusões em relação ao Mundial já estão feitas. Por exemplo, o Brasil não tem medo de revelar no Grand Prix sua força máxima. As italianas, ao contrário, está obscuro ainda. Mas claro, o mais interessante será no Final Six. Nesta fase preliminar, ainda tem muitos jogos obscuros. Aqui, por exemplo, a China perdeu recentemente em casa para a República Dominicana. E como você reage a isso?

Quatro anos atrás, a a seleção russa, batendo China, Itália e Brasil, venceu o ouro no Campeonato Mundial, que também foi sediado no Japão. Como esse time atual pode repetir o sucesso?
O time russo sempre foi e continua sendo um dos mais fortes no mundo. Mas corretamente você mencionou Brasil, China, Itália. E eu adicionaria Cuba, EUA, Holanda e Sérvia. As equipes concorrentes ao título do campeonato melhoraram de forma marcante nos últimos quatro anos. Nós estamos naturalmente, dentro dessa lista.

fonte: russiavolley.com

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