sexta-feira, 22 de julho de 2011

Kosheleva: "Vou começar pouco a pouco"


No último dia 15 de Julho, a ponteira russa de 22 anos, Tatiana Kosheleva, passou por uma cirurgia em seus dois joelhos. Agora, se recuperando, a jogadora cedeu ontem uma entrevista ao site russiavolley.com. Com o bom humor que lhe é característico, Kosheleva mostrou a importância de se ter calma neste momento de recuperação.

Recentemente você passou por uma cirurgia. Tudo foi bem? Como está se sentindo?

Tudo está muito bem, operei com um excelente cirurgião. Já me sinto muito melhor, andando quase que normalmente. De uma forma geral, tudo foi bem. Amanhã terei minha primeira sessão de fisioterapia na clínica. Vamos começar pouco a pouco.

Você operou em Moscou?

Sim, operamos na capital, em uma clínica no centro. E a recuperação também num hospital aqui.

Quanto tempo irá durar a reabilitação?

Até a recuperação total irá tomar de 4-5 semanas. Operei no dia 15, então pode contar a partir de agora.

E quanto ao tempo para retornar as quadras?

Bem, esta temporada já me lesionei e tive que passar por uma operação, então não quero ter pressa. Talvez da ultima vez tenha começado a treinar muito cedo, e mais uma vez me lesionei. Se eu correr neste caso, menores as chances de conseguir me recuperar totalmente. Quando os médicos me disserem "Vamos Tanya, pode ir. Está tudo em ordem", então irei começar.

Sente o apoio das colegas de time, do clube?

Sim, sou muito agradecida as meninas do time, ao clube, seus pais e parentes. Neste momento difícil estiveram todos ao meu redor. As meninas do time não puderam vir porque estão no centro de treinamento em Anapa. Mas sou agradecida por tudo que fizeram, não esqueceram, ligaram. De uma forma geral, ambos, tanto a seleção quanto meu clube, Dinamo Krasnodar, me ajudaram muito. Muito obrigada a todos. No momento, estou com a minha mãe.

Como você se sentiu no momento em que viu que estava machucada? Até porque a temporada começa para a equipe, e para qualquer atleta é um evento importante.

Provavelmente, se tivesse sido a primeira vez, teria sido bem mais difícil. Neste caso, eu entendo que é para a minha saúde. Se a lesão começa a me perseguir, e em um período de tempo tão curto, então algo está errado. Talvez não devesse ter trabalhado em termos de treinos e peso. Provavelmente deveríamos ter prestado mais atenção na minha forma física. Devemos mudar algo no trabalho. Se você começa a ter uma lesão recorrente, significa que está fazendo algo errado.

Claro, eu sinto muito. Claro, eu quero trabalhar, estar com a equipe. No entanto, temos que definir prioridades, com vista no meu futuro. Então vou tentar me recuperar adequadamente, corretamente, para que no futuro em não volte a essa situação.

E como determinar o que deve ser mudado?

A respeito dos treinos, o treinador está fazendo, ele irá definir o que e o quanto deve ser feito. É apenas diferente. É um sistema muito complexo. Acontece que treinamos o ano todo com a equipe principal, depois o clube, e agora de volta com a equipe, enfim. Tivemos pouco tempo para descansar, sem direito a recuperação. Talvez tenha sido essa a razão.

De qualquer forma, em primeiro lugar culpo a mim mesma. A pessoa é a mais culpada por aquilo que acontece com ela mesma. Quero dizer, sou suficientemente grande para me observar, então quem mais que eu mesma para tomar conta? Deveria ter sido mais profissional para cuidar de mim mesma. E é por aí que irei começar.

Existem momentos no esporte mais dolorosos e desagradáveis que uma lesão?

Sabe, você pode sobreviver a qualquer dano, e depois virá a vitória. A vitória vem através do trabalho. Mas a partir da lesão, o trabalho não é perfeito. Mas aqui, tudo depende do grau e importância do trauma. Pode ser tão forte, que não pode ser restaurado. Felizmente, não tive um evento global e nem tão sério quanto pode ter parecido de fora. Partimos do princípio que está tudo normal. Isso pode ser resolvido.

Claro que lesões são muito ofensivas. Sim, e deixá-las psicologicamente é muito mais difícil. Mas ainda sim venceremos.

Você fala com bom humor. Porque isso?

Estou exultante, porque minha mãe está comigo. Nos últimos anos, raramente consegui vê-la ao meu lado por tanto tempo. Minha mãe me ajuda muito, e estou extremamente feliz.

O humor é bom, porque gosto de mantê-lo assim. Claro, estou triste. Não posso cumprir com as tarefas que me foram entregues. Não posso estar com o time. Mas isso só significa onde deveria estar. Eu sorrio, e tudo será superado.

Então você é otimista na vida, certo?

Sim, a gente tenta (risos)!


fonte: russia-volley.com

Um comentário:

  1. Grande Kosheleva! É isso mesmo: não tem queapressar a volta, pode ser complicado e desnecessário! O importante é se recuperar totalmente e voltar com tudo! Boa Sorte!

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