terça-feira, 10 de julho de 2012

Ortolani fala pela primeira vez após o corte

A oposta Serena Ortolani deu a primeira entrevista após o surpreendente corte das Olimpíadas de Londres. A italiana conversou com a jornalista Beatrice Terenzi, que trabalha em um jornal de Pesaro. Ortolani se mostrou tranquila, apesar de triste com o corte, e consciente de que fez tudo que podia para ir aos Jogos.





Ortolani fora dos Jogos e ‘Serena’: “Preocupada? Eu não, alguém talvez...”


Sem polêmica , com muita dignidade. Serena Ortolani, excluída clamorasamente do grupo de 12 jogadoras que o técnico Barbolini vai levar aos Jogos Olímpicos de Londres, responde com o sorriso de quem sabe que fez o que podia.

- Serena, como você está depois da inesperada exclusão das Olimpíadas?
“Estou tranquila, vejo o lado ‘engraçado’. Há um mês meu horóscopo dizia que agora eu ia colher os frutos do meu trabalho. Mas talvez se referisse aos meus pais, que no verão colhem os pêssegos.”

- Como o Mássimo Barbolini justifiou a sua escolha?
“Ele me explicou que precisa de opostas que também façam a recepção, porque a Itália tem um problema no passe. Quer dizer que preciso aprender a receber melhor.”

-  E você, como pensa?
“Eu fiz o meu trabalho, mais que isso não poderia fazer: três etapas do Grand Prix, maior pontuadora do torneio, pra lá e pra cá no mundo, eu me saí bem. Tudo isso não jogando na minha posição.”

-  Mas poderia melhorar algumas coisas?
“Eu sou muito crítica comigo mesma, mas se fosse uma escolha minha, me levaria para as Olimpíadas.”

- Se serve de consolo, você já participou de uma Olimpíada...
“Sim, a de Pequim, onde eu inclusive joguei...”

- Agora o que você vai fazer?
“Mar, férias, descanso. Vou aproveitar o meu apartamento em Cervia, o que por motivos de trabalho, não consigo nunca fazer. Depois de tantas viagens pelo Grand Prix estou ainda branca, preciso me bronzear.”

- Obrigada por ter respondido ao telefonema, apesar da desilusão...
“Recebi muitos telefonemas, muitos me apoiaram. Eu não estou preocupada, alguma outra pessoa deveria estar...”

- Está preocupada com a situação do Pesaro?
“Não, estou tranquila, estou feliz que contratamos uma ponteira como Valentina Tirozzi, que eu gosto muito. É importante criar um bom ambiente desde o início. Ano passado começamos com o pé esquerdo e a temporada foi toda comprometida.”

- Este ano você será a líder?
“Sim, finalmente.”

5 comentários:

  1. Tomara que Mari tenha a sabedoria e elegância de enfrentar o corte. E que nao saia atirando, mas faca como Ortolani. Nas declaracoes ela passou a responsabilidade para o técnico.
    Fora isso, Mari pode ainda voltar para Selecao com a nova comissão técnica . Ou alguém duvida que ZRG continua? Acho que ele só terá chance se trouxer o ouro, mas esse eh um milagre improvável .

    ResponderExcluir
  2. Bela postura da Ortolani. O Barbolini não deve estar bem da cabeça, porque ela realmente fez um ótimo Grand Prix e demonstrou estar em ótima forma física, com um saque poderoso e ataque forte. Lamentável, acho que levando em conta o físico e o momento como atleta, o corte da Ortolani foi mais grave que o da Mari (que foi ridículo, na boa), que vem se recuperando do ombro e joelho, e mesmo assim entrou bem em vários jogos. As irmãs Bosetti passam bem, mas não são como as opostas chinesas ou a Sokolova, que atacam bolas rapidas também. Acho que ele deu um tiro no pé cortando a Ortolani.

    ResponderExcluir
  3. Ela é meio irregular, mas quando joga bem arrebenta. O problema em seu corte é que ela era a atacante de força do time italiano. As outras tem caracteristicas muito parecidas; são boas de passe, defesa e volume de jogo,mas piccinini,del core e as irmãs bosetti não são atacantes de bolas altas. Costagrande sim pode suprir essa carência mas tem que estar em forma. Achei um equivoco mas o treinador deve saber o que faz.

    ResponderExcluir
  4. Serena deu um show de elegância nessa entrevista. Bravíssimo! Que volte um dia à Azzurra e arrebente, e que sua jovem maturidade sirva de exemplo a outros atletas. Ser cortado faz parte do jogo. Sair atirando contra técnico (caso do Marlon) só depõe contra o caráter do atleta, na minha opinião. Que Fabíola e Mari se espelhem no exemplo da Serena e encarem o corte como oportunidade de crescimento.

    ResponderExcluir
  5. Que Fabíola e Mari se espelhem no exemplo da Serena e encarem o corte como oportunidade de crescimento. [+1]

    principalmente a mari, pq o zé gosta dela.. duvido q ele esteja feliz com tudo isso.

    ResponderExcluir

Qualquer mensagem de conteúdo ofensivo será excluída. Respeitem o voleibol.