Bergamo comenta o bronze no Mundial

Davide Mazzanti medalha de bronze no campeonato Mundial, entre o copo meio cheio ou o copo meio vazio qual você escolhe?

Davide: O meio vazio com certeza é que não conseguimos colocar em quadra o que somos plenamente. No sentido que queríamos dar um pouco mais no bloqueio e defesa e no saque, principalmente ontem, mas não conseguimos e deixamos o Osasco jogar sempre com a bola na mão. Aquele 3 a 0 de ontem é "sacro santo". Hoje queríamos levar para casa esse bronze, que para nós era o objetivo mínimo vindo aqui ao Mundial e fizemos como esperávamos, jogando plenamente sob o ponto de vista do saque, do bloqueio e defesa. Tivemos só um momento de dificuldade no ataque, de entregar algumas bolas de graça no segundo set, mas de resto soubemos conduzir muito bem a partida.

Dois sets vencidos a 8, o que explica o apagão do segundo set?

Davide: O apagão do segundo set é um pouco reflexo de um problema que estamos enfrentando, que é a inconstância no rendimento, quando o ritmo do jogo cai um pouco. Elas defenderam um pouco mais, nós tivemos chances para contra-atacar mais vezes, mas não conseguimos botar a bola no chão. Quando acontecem essas situações, como aconteceu ontem, perdemos um pouco a lucidez. Acabamos levando muitos breaks, o que não é normal, e com um time que, na verdade, era muito jovem, faz com que percamos a lucidez e não consigamos reagir.

Vasileva de ponta, Vasileva no lugar da Ortolani. São soluções que pode usar no campeonato ou está procurando a identidade da equipe?

Davide: A identidade da equipe é a que começou, com a Vasileva dentro, mas ela teve alguns problemas, não conseguiu atacar como queria. E o nosso ponto de força é o ataque e com a Bosetti trabalhando assim, com certeza o time agora precisa da Lucia. E as outras situações precisamos ver. Eu tenho em mente ter 5 ponteiras que podem variar as posições para ver o que é melhor para o time.

Como está vivendo esses primeiros meses como treinador principal em um time como esse, você que é um jovem treinador?

Davide: Eu estou vivendo muito bem, talvez o ambiente que não esteja tão bem assim, no sentido que Bergamo é um time acostumado a ter resultados. E nós não começamos bem no Campeonato e na Champions. Então é mais o Bergamo que teve que se adaptar a uma nova situação. Porém, é um ano em que estamos experimentando coisas novas. Temos uma levantadora muito jovem, que está guiando o time. E no fim das contas rejuvenescemos o time, porque com Bosetti, Vasileva, Ortolani, são um grupo de vinte anos ou um pouco mais que está guiando o time. Francesca ficou afastada por um problema físico, mas de qualquer forma foi fundamental nos resultados que conquistamos até aqui, então ela é um pouco a espinha dorsal do nosso time e as meninas devem crescer pouco a pouco, mas precisa um pouquinho de paciência.

Esse Mundial de clubes acaba e não tem repouso. Pavia e depois Piacenza. Devem jogar com uma certa determinação para conquistar pontos importantes na classificação?

Davide: Pontos na classificação são fundamentais, porque nas 3 primeiras partidas perdemos 6 pontos, o que me parece muito. Para a gente essas duas partidas são fundamentais. Devemos voltar logo a cabeça para o campeonato, porque depois darei um pequeno período de recuperação as meninas da seleção, porque estão muito cansadas fisicamente, por tudo que aconteceu no verão e por esse período que estamos juntos. Então, iremos a Moscou ainda com meio time e do jogo com o Perugia para frente estaremos com todas as meninas até o final.



Finalmente uma pessoa sorridente com essa medalha de bronze. Enrica Merlo, a tristeza de ontem arquivada e agora se festeja o pódio?

Merlo: sim, se festeja, porque de qualquer forma chegamos a uma disputa de terceiro lugar. E conquistamos uma medalha, então devemos encontrar todas as coisas positivas também desse jogo, que nos ajudarão depois tanto no campeonato quanto na Champions.

Como analisa essa experiência?

Merlo: Essa, eu acredito, foi uma experiência que rendeu frutos em campo para cada uma de nós. Cada uma de nós teve a chance de jogar e de enfrentar uma competição de nível mundial. Talvez na próxima faremos muito melhor (risos).

Contra o Osasco, ontem, não tinha nada a fazer?

Merlo: Não, efetivamente, falando em primeira pessoa, visto que qualquer forma eu faço parte do time, em campo não éramos um time de verdade, que eu sinto em tantas outras partidas. Éramos um pouco desunidas, mas nesse momento acontece, porque temos altos e baixos todos os dias, também na vida normal. Então, devemos pegar esse momento e enfrentá-lo juntas, porque somos um time e temos força para fazer isso.

Se volta ao campeonato com esse resultado positivo, uma medalha. Primeiro Pavia, depois Piacenza. Duas partidas para fazer pontos?

Merlo: Sim, duas partida PARA fazer pontos. devemos fazer os pontos. Acho que todas nós queremos fazer pontos, então devemos vencer.



Lucia Bosetti, esse Mundial de clubes acaba com um brilhante terceiro lugar, uma medalha de bronze, que visto o nível do campeonato não pode ser descartado.

Bosetti: É. com certeza temos uma certa tristeza por ontem, porque em nenhum momento entramos no jogo. E não conseguimos jogar o nosso jogo e digamos que demos de presente a vitória ao Brasil. Mas de qualquer forma elas são grandes jogadoras e não podemos chorar. Porém, podíamos ter feito melhor ontem. Hoje era importante, ainda que difícil porque jogamos as 10 e elas também queriam ganhar a medalha, então estou muito feliz.

Olhando o campeonato como um todo, qual é o saldo? Alegria pela medalha ou a tristeza pelo jogo de ontem prevalece?

Bosetti: Com certeza a tristeza é maior. Porém, acredito que as coisas negativas que fizemos ontem podem ajudar no futuro, porque temos ainda muitos jogos importantes e tentaremos evitar que se repita na próxima semi-final ou na próxima partida decisiva. Então, ainda que tenha uma tristeza, isso pode nos ajudar no futuro.

Vimos a Francesca machucada, Valentina também com um pequeno problema. Não um momento de muita sorte, mas começaram a chegar as primeiras vitórias. Agora se volta logo para o campeonato e daqui ao final do ano são dois jogos importantes para a classificação com Pavia e Piacenza.

Bosetti: É, tentaremos levar os pontos para casa nessas duas partidas e esperamos que as contusões aconteçam todas agora e não depois, e não tem muito o que dizer, estamos sem sorte agora e esperamos que mude para o futuro.

Uma medalha é sempre uma medalha. Alguma dedicatória especial?

Bosetti: Como sempre dedico à minha família e depois as pessoas que me querem bem.

fonte: volleyball.it