quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Martina Guiggi no Azerivolley.com: "Mudar para o Azerbaijão? Porque não?!"

Semana passada a equipe italiana do Pesaro fez uma visita a cidade de Baku, para jogar a Champions League. Aproveitando a estadia na cidade, a equipe do site Azerivolley.com fez uma bela entrevista com a capitã italiana Martina Guiggi, desde 2006 a jogadora não retornava a cidade e contou um pouco de suas espectativas.


Martina, faz 4 anos desde que você visitou Baku pela última vez. Uqais as maiores mudanças que você notou?
As coisas com certeza mudaram muito desde a minha última visita. Baku está magnífica, e eu adorei andar pelas ruas a noite. Não era bonita assim 4 anos atrás. E a maneira como tudo é iluminado a noite realmente estabelece um clima romântico. Ouvi dizer que a cidade tem outros projetos por vir, então só posso imaginar o quão bonita a cidade vai ser no futuro. Será uma segunda Dubai.

Essa é sua segunda visita a Baku com o Scavolini, mas agora você está aqui como capitã. Então sua carreira parece estar no caminho certo...
A primeira vez que estivemos aqui foi para o jogo contra o Azerrail, as coisas aconteceram, agora estou aqui como capitã do Scavolini. Então eu acho que estou no caminho certo quanto a carreira (sorri).

Essa deve ser uma tarefa difícil, ser capitã do time campeão italiano.
Verdade. Essa tarefa vem acompanhada de grande responsabilidade. Ainda sou uma jogadora jovem, mas trabalho duro para cumprir os deveres de uma capitã da melhor forma que posso. Ainda, esta é minha sétima temporada no Scavolini, e isso também significa algo.

Porque você ainda está no Scavolini após tantos anos?
O principal motivo é que as coisas melhoram a cada ano no Scavolini. Desde o primeiro dia que cheguei ao Scavolini, senti o desejo no clube em crescer e se tornar o melhor; e é evidente que conquistamos muito nesses anos. Além disso, a cidade de Pesaro é muito bonita e me acostumei com ela. Mas não vou negar que com o passar do tempo eu tenho a sensação que quero algumas mudanças.

Você também conquistou muito com a seleção italiana. Porque não vimos você esse ano no Mundial?
Infelizmente eu não pude ir ao Japão devido a uma lesão que vem me incomodando a um longo período já. Seria muito antiprofissional da minha parte me juntar a seleção fora de forma, tirando a vaga de alguém no time. Então a comissão técnica e eu decidimos que eu devia me concentrar na recuperação, para poder ser útil para o meu clube. Mas, claro, amaria retornar a seleção um dia. Fazer parte da seleção de seu país é um sentimento especial.



Vocês vieram ao Azerbaijão para enfrentar o atual campeão nacional, o Rabita. Vocês tiveram alguma informação prévia sobre seu oponente?
Sabíamos que o Rabita adicionou muitas jogadoras de alto nível ao seu elenco. Assistimos vídeos dos jogos do Rabita, e sabíamos que tinhamos uma dura partida a nossa frente. O Rabita tem grandes jogadoras como Mammadova, Glass, Zuckova e muitas boas jogadoras sérvias.

Porque você acha que vocês perderam o jogo para o Rabita?
Eu acho que o principal motivo foi a grande partida que jogou o Rabita. Além disso, estávamos jogando sem uma das nossas principais jogadoras, Destinee Hooker. Mas tenho que admitir, simplesmente não conseguíamos ler os ataques do Rabita. Foi um jogo muito rápido, e a maneira como o Rabita estava usando bolas altas e baixas simplesmente acabou com a nossa concentração. É muito difícil defender contra tão bom ataque.

Você conhece alguma das jogadoras do Azerbaijão?
Como mencionei mais cedo, Natalya Mammadova é uma jogadora fora de série. Seu estilo me lembra a russa Gamova. Também conheço a Oksana Parkhomenko do Dinamo Moscou e sua irmã Yelena, que já jogou pelo time italiano do Megius Padova, e também conheço a Korotenko, a líbero. Eu também já escutei que vocês tem uma jovem jogadora que todos chamam de "a segunda Mammadova". Então ela deve ser muito boa (sorri).

E você conhece algo sobre o campeonato do Azerbaijão?
Eu sei que houveram muitas mudanças no Azerbaijão em termos de voleibol. Seus clubes atraíram jogadoras internacionais de alto nível e nós realmente nos espantamos com isso. O voleibol agora subiu para um nível completamente diferente aqui.



Se você recebesse uma proposta do Azerbaijão, você aceitaria?
Bem, nunca diga nunca! E porque eu negaria a proposta de qualquer forma? Uma nova proposta também significa novas perspectivas. O campeonato aqui é muito confortável - todos os jogos são disputados na mesma cidade, no mesmo ginásio. É muito conveniente apra ambos, atletas e fãs. E pelo que escutei, a compensação é também muito boa. Como eu disse, faço parte do time do Scavolini a sete anos já, e acho que talvez seja a hora de algumas mudanças. Essa pode ser minha última temporada na Itália.

Porque você acha que somente agora nesta temporada as jogadoras italianas passaram a se mudar e ir jogar em ligas fora da Itália?
Agora, países como o Azerbaijão, Rússia e outros oferecem contratos muito bons e não teve como passar desapercebido pelas jogadoras da Liga Italiana. Para alguém que jogou na Itália, talvez seja difícil sair, mas ao mesmo tempo, você pode ganhar muita experiência jogando no exterior.

Você tem melhores amigas entre jogadoras de voleibol?
Eu tento ser bastante amigável com todas minhas companheiras porque todas trabalhamos por um mesmo objetivo e é necessário ter um bom ambiente na equipe para conquistar isso. Mas, claro, tem algumas jogadoras, com quem tenho uma relação mais próxima - são Francesca Ferretti no Scavolini, e Giulia Rondon na seleção. Eu gosto e me divirto passando tempo com elas e são ótimas pessoas, com grandes corações.

Martina, você tem muitos fãs por todo o mundo, que admiram seu talento, nomeiam você como sua jogadora favorita e até colocam sua foto como avatar! Existe algo que você gostaria de dizer a eles?
Sério? Não sabia disso! Mas gostaria de dizer a meus fãs que amo a todos e irei fazer tudo que posso apra deixá-los orgulhosos. É muito importante para um atleta saber que existem pessoas que te apoiam. Dessa forma, você não só se diverte mais com o seu jogo, mas também traz alegrias as pessoas que torcem por você. Então, gostaria de dizer novamente que amo todos vocês!



Thanks Ilgar for this great interview! ;)

fonte: azerivolley-ilgar.blogspot.com

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