sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sokolova: "Eu quero ir a minha quinta Olimpíada"


Essas foram as palavras da estrela russa Lyubov Sokolova em uma entrevista exclusiva dada ao site russiavolley.com. Campeã mundial em 2006, Sokolova, está mais uma vez reunida com a seleção, se preparando para mais um mundial, e não esconde o desejo de participar de mais uma Olimpíada na sua carreira. Vamos a entrevista:

Luba, o retorno para a equipe! Notei que na partida contra a República Tcheca você jogou na posição de líbero. Mas você sempre atuou de ponteira ou oposta...realmente mudou de posição?
Na verdade, sou uma jogadora universal. E tenho orgulho disso. Este é o meu plus. Estou pronta para jogar em qualquer posição. Mas quanto a posição de líbero - esse papel, eu acho, é da mesma Katya Kabeshova, assim que ela melhorar. Recepção - é o elemento dela. Ela sempre jogou nesta posição.

O técnico Vladimir Kuzyutkin deve estar muito feliz com a sua presença aqui?
Estou jogando com ele a apenas duas semanas. Mas não existe nenhum desentendimento entre nós. Acho que aprendi com seu chamado. E, em geral, pelo que me parece, Kuzyutkin é profissional em toda as áreas. Tenho certeza, que não acontecerá nenhum desentendimento entre nós.

O quanto a equipe mudou comparado a 2006?
As líderes são basicamente as mesmas: Katya Gamova, Masha Borodakova, Yulia Merkulova, e a mesma Kabeshova. Estão de fora somente Natasha Safranova e Lena Godina. Então, se mudou, foi muito pouco.

Como você sabe, Natasha está seriamente doente. Recentemente, Gamova e companheiras organizaram um leilão de caridade. Famosas jogadoras de vôlei leiloaram suas camisas de jogo, e Katya até desenhou um bebê elefante, que foi vendido no leilão pela maior quantia. Você não participou deste evento?
Não. Eu ainda estava jogando pelo Jesi, na Itália. Estava longe de Moscou e não estava em contato com as meninas. Eu já ouvi que esse não será o único evento deste tipo. E estou pronta para fazer parte. É uma causa nobre. Fez muito bem quem pode fazer parte do leilão. Eu espero e acredito que Natasha irá ficar melhor. E temos o mundo inteiro para ajudá-la.

Você e Gamova, após uma pequena parada, retornaram a equipe. Posso tentar persuadir Lena Godina a ainda ser útil para equipe?
Eu não sei. Essa pergunta você deveria fazer a Lena. Claro, uma jogadora forte a equipe não fará nenhum dano. Mas ela é adulta. Agora está estudando no GITIS. Não sei se alguém consegue persuadi-la. Eu sei de algo: conversar com a Gamova e a Godina é sempre um prazer. Menções honrosas para a equipe de quatro anos atrás, mas, pelo menos ainda tenho contato com Katya e Lena.

Nossas rivais na fase de classificação do Campeonato Mundial serão as seleções de Turquia, Canadá, Coréia, República Dominicana e China. Qual é nosso maior adversário?
As chinesas, naturalmente. O esporte chinês nos últimos anos vem apresentando um forte progresso. Não é diferente no voleibol. Mas, no geral, temos um grupo interessante. As jogadoras de vôlei da República Dominicana são um mistério. Do mais, o que é interessante do nosso grupo é a presença de representantes de três continentes: Europa, Ásia e América. Todos os times demonstram um estilo diferente de jogo. Cada partida deve ser preparada separadamente. Mas precisamos passar pelo grupo necessariamente. Ainda seremos campeãs do Mundo. A situação exige.

Como você avalia a chegada de Dinamo de Lesya Makhno, Natalia Goncharova e Evgenia Startseva?
São jogadoras conhecidas. Experientes. Acho que com elas podemos repetir o resultado de sucesso de 4 anos atrás.

Nesta temporada você fechou com o turco Fenerbahçe. No ano passado jogou para o clube Katya Gamova. Que agora se mudou para o Dinamo Kazan, eu fico pensando, porque você não quis retornar a Rússia, como sua amiga de time?
A proposta do Fenerbahçe foi muito rentável. E não esqueçam que meu marido, Aytach Kilic, que é turco.

Falando nisso, na Turquia você irá jogar com o nome do seu marido?
Não. Já entrei em acordo com Aytach a muito tempo sobre isso. Na quadra uso o Sokolova.

Até onde eu me recordo, seu filho Daniel sabe turco?
Sim ele é poliglota. Turco, espanhol, italiano...Agora na escola está aprendendo inglês. E claro, ele sabe russo.

E, no entanto, você realmente não está na Rússia?
Vou responder honestamente. Se tivesse recebido propostas de times como o Moscow, ou até o Odintsovo, então talvez não estaria na Turquia. E falando no Kazan, eu não quero.

O desejo de jogar em Moscou ou nos arredores - uma nostalgia da área metropolitana nativa?
Também isso. Lá, eu ainda tenho um apartamento. Naquela área passei minha infância. E foi onde comecei no voleibol.

É verdade que você, visitando Moscou, quase sempre usa o metro?
É verdade. Quando estou fora fico cansada do carro. E em Moscou, desço ao metro e relaxo. Em geral, o metro parece para mim como uma cidade de conto de fadas.

Na sua coleção de prêmios, ouro no Campeonato Mundial e duas medalhas de prata olímpicas. Somando ainda, você venceu torneios na Rússia, Itália, Espanha e Turquia. E tem muitos prêmios individuais. Especialmente, em 2006 foi eleita a melhor jogadora de vôlei da Europa. Qual é o seu sonho agora?
Já joguei quatro Olimpíadas. Eu espero daqui a dois anos poder ir a Londres. E lá gostaria de ganhar a medalha de ouro, porque como você falou, a de prata eu já tenho. Mas, após Londres, eu não vou acabar com o meu vôlei, apesar do meu contrato em Fenerbahçe ser de duas temporadas somente.

Entre outras coisas, eu li que você gostaria de suspender sua carreira e se aposentar a dois anos atrás...
Realmente esses eram os planos. E eles ainda são válidos. Somente o tempo de implementação que foi adiado. Eu quero muito ter um segundo filho.

Uma vez você teve um conflito sério com seu mentor no Yekaterinburg Uralochka, Nikolai Karpol. Aliás, Gamova e Godina também tiveram desentendimentos com Nikolai. Mas desde então, muita água já passou por debaixo da ponte. Você ainda se comunica com seu ex treinador?
Todas as dificuldades de relacionamento com o Karpol estão no passado. E nos não nos comunicamos com ele por uma única razão. Recentemente, estou no exterior. Portanto, eu e Karpol não nos cruzamos. Mas não existem ressentimentos com ele.

fonte e foto: russiavolley.com

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