quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Grupo F: Pontos preciosos, que fizeram falta


Rep. Tcheca 1x3 Tailândia (25-16, 18-25, 20-25, 23-25) - Estatísticas

A Tailândia aprontou mais uma para cima de um europeu. Das quatro vitórias da equipe, três foram contra seleções do velho mundo. Os dois times talvez sejam os que mais se divertem em quadra, até pela pouca pressão com que entraram no campeonato. Com uma campanha igual, jogavam para tentar aproveitar um pouco mais desse Mundial. E a República Tcheca começou melhor, fechando o primeiro set com grande atuação de Havelkova. A partir segundo, a Tailândia reequilibrou o jogo com um bom saque e uma defesa consistente, que a permitiu virar a partida. No quarto set, as tchecas lideraram até o final, mas deixaram o time da capitã Apinyapong fechar o jogo.


Brasil 3x1 EUA (25-19, 24-26, 25-19, 25-23) - Estatísticas

O Brasil entrou em quadra sabendo que só um desastre lhe tiraria a primeira colocação, mas nem por isso se desconcentrou da partida. Com uma distribuição de ataque mais homogênea que a americana e com muitas defesas, o time de Zé Roberto controlou o jogo. Mesmo com a derrota no segundo set. Para os EUA uma derrota por uma grande diferença de pontos poderia custar a vaga e o time pareceu tenso. Suas principais jogadoras não repetiram atuações anteriores e McCutcheon mudou bastante o time, mais do que costuma fazer. O Brasil vai a semi-final invicto e os EUA precisaria esperar o jogo da Itália para saber seu destino.


Holanda 1x3 Alemanha (12-25, 14-25, 25-19, 25-27) - Estatísticas

Holanda e Alemanha fazem um dos clássicos com maior rivalidade do vôlei europeu e parece que os deuses do vôlei dão sempre um jeito para que eles se encontrem nos Mundiais. Há 4 anos, na mesma fase do campeonato, quem saiu vitorioso foi o time holandês, que era praticamente o mesmo. Já o time alemão perdeu sua maior jogadora, a oposta Angelina Grün, mas ela foi muito bem substituída por Margareta Kozuch. O jogo começou equilibrado e tudo indicava que seria tão emocionante quanto o confronto de 2006, decidido no tie-break. Mas Brinker foi para o saque e a Holanda parou de jogar. Pelas minhas contas foram 24 pontos seguidos. 13 para fechar a primeira parcial e depois incríveis 11-0 na segunda. Aos poucos o time de Selinger foi entrando no jogo e o vôlei mostrou porque é um esporte tão legal. Acabado um set, por pior que tenha sido o placar, está tudo igual. Ganhar de 25-0 vale tanto quanto por 25-23. E a Holanda voltou bem para o terceiro set e no quarto fez parecer que o tie-break de fato aconteceria. Mas como a única definição que esse jogo não pode receber é de previsível, a Alemanha reencontrou o jogo que havia lhe dado a vantagem nos primeiros sets e em um final emocionante, a capitã alemã, Fürst, parou a craque Manon Flier em um bloqueio. Um final decepcionante para a Holanda, que por pouco não ficou fora da disputa por posições. A Alemanha fechou bem um grande Mundial, e vingou a derrota de quatro anos atrás.


Itália 2x3 Cuba (25-16, 24-26, 25-21, 23-25, 22-24) - Estatísticas

A Itália sabia que sua missão era muito difícil. Além da dura tarefa de ganhar do time cubano, que jogava sem qualquer pressão, a vitória deveria ser por uma boa margem de pontos. E o primeiro set deu a impressão que o time italiano conseguiria esse feito. Muito concentrado, a equipe de Barbolini errava pouco e tinha uma Piccinini praticamente perfeita. Mas no segundo as coisas começaram a mudar um pouco. Cuba melhorou e a preocupação italiana em não errar fez com que o time se arriscasse pouco. E no saque isso foi mortal. Deixar Cuba jogar com a bola na mão não era um bom negócio. Suas potentes atacantes colocavam as bolas no chão a cada oportunidade que tinha, enquanto a Itália fazia contas. O time italiano foi bravo, por tudo que fez nessa segunda fase, pela capacidade de recuperação. Mas hoje era muito difícil e mesmo um time com a experiência desse time italiano tem dificuldades de tirar força quando a situação está perdida. O time foi bem enquanto tinha chances, mas quando a classificação não era mais possível até uma simples vitória ficou difícil. Cuba também merece todos os elogios, porque jogou sua vida hoje, mesmo que no fim não mudasse nada. Carcaces fez 34 pontos e, ao lado de Piccinini, foi o destaque do jogo. Foi um belo jogo de voleibol. As duas torcidas podem ficar orgulhosas do que essas meninas fizeram hoje, em quadra. Os dois agora vão para Tóquio para disputar uns jogos que decidirão a classificação final do campeonato.

Classificação -
1. Brasil - 14 pontos (7-0)
2. EUA - 12 pontos (5-2)
3. Alemanha - 11 pontos (4-3)
4. Itália - 11 pontos (4-3)
5. Cuba - 10 pontos (3-4)
6. Holanda - 9 pontos (2-5)
7. Tailândia - 9 pontos (2-5)
8. Rep. Tcheca - 8 pontos (1-6)

fonte: fivb.com

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