Como vocês sabem, o objetivo do blog foi, desde o princípio, trazer para os amantes brasileiros um pouco mais de informação sobre o que acontece de melhor no voleibol pelo mundo a fora. Notícias sobre seleções, clubes e jogadoras que vocês já conhecem ou para que vocês possam começar a conhecer. Por isso hoje, vamos colocar aqui para vocês, uma entrevista exclusiva feita pelo site Azerivolley.com com um novo talento do voleibol do Azerbaijão, a levantadora Natavan Gasimova. A entrevista foi cedida gentilmente por nosso amigo Ilgar Azero, que comando o site, esperamos que vocês gostem.
Natavan é considerada hoje em dia um dos mais novos talentos do voleibol de seu país. Faz parte do elenco do Azerrail Baku e é convocada para a seleção do Azerbaijão desde 2003. Seu estilo de jogo veloz e versátil faz Gasimova ganhar novos fãs a cada dia, por isso vamos conhecer um pouco mais da jogadora.
Entrevista:
Oi Natavan! Por favor, nos conte um pouco sobre você.
Eu nasci dia 8 de Julho, 1985 em Nakhchivan. Eu terminei meu colégio lá e foi onde comecei a jogar voleibol. Me tornei membra do Azerrail Volleyball Club e da seleção em 2003 e estou representando meu clube e meu país desde então. Eu sempre amei praticar esportes desde pequena, mas para falar a verdade, eu nunca imaginei que um dia eu estaria fazendo isso profissionalmente.
Então, o que foi que te trouxe para o voleibol?
Então, o que foi que te trouxe para o voleibol?
Aconteceu por acidente. Nós estávamos jogando vôlei na escola e aparentemente o treinador Vugar Aliyev estava assistindo ao nosso jogo. Nós não sabíamos disso. Mais tarde, eu recebi a proposta de me mudar para Baku para jogar aqui profissionalmente. Então, apesar de não ter começado a jogar profissionalmente até os 16 anos, eu sempre tive fé em mim mesma e acreditei que poderia conseguir.
Não foi muito difícil entrar no voleibol em uma idade tão avançada?
É claro que é muito melhor se uma atleta começa a praticar o esporte cedo, mas não posso dizer que isso foi tão difícil para mim. Eu trabalhei muito duro e meus treinadores e minhas companheiras me ajudaram muito durante toda essa jornada, e eu acho que pude provar mais uma vez de que nunca é muito tarde para começar nada desde que você faça com todo o seu coração.
Você tem mais algum atleta na sua família?
Não, sou só eu.
Quem te descobriu como levantadora?
Foi meu treinador Vugar Aliyev. Eu comecei jogando como ponteira passadora, e eu adorava porque sempre gostei de fazer o fundo de quadra. Mas depois o treinador Aliyev me disse que achava que eu tinha talento e habilidade para ser uma levantadora e eu concordei em tentar.
Ser canhota é uma vantagem ou desvantagem para você?
Ser canhota é uma grande vantagem para uma levantadora. Quando eu levanto posso também facilmente atacar, e isso confunde os adversários.
Nós podemos freqüentemente te ver jogando com a mão direita ou até com o pé, especialmente na defesa. Eu tenho que falar, você tem excelente fundamentos de uma líbero.
Eu realmente gosto de jogar com o meu pé na defesa. Vou revelar um pequeno segredo aqui: quando eu era criança eu costumava jogar futebol com os meninos locais, e foi assim que aprendi a me sentir confortável a jogar com os pés. E eu gosto muito de jogar na defesa porque essa é uma parte do jogo que me diverte.
Em algum momento você já pensou em trocar de posição?
Eu gosto de ambos, defender e atacar, mas estou Ok em ser levantadora. De qualquer forma, eu acho que é sempre bom uma jogadora ter fundamentos extras.
Você tem alguma jogadora em quem se espelha no voleibol? Já que é uma levantadora, eu espero ouvir o nome de algumas levantadoras...
Claro que tenho. Acho que se você quer melhorar, você tem que escolher alguém de quem pode aprender. Dentro deste ponto de vista, eu posso dizer que admiro nossa própria Oksana Parkomenko, a italiana Lo Bianco, e a japonesa Yoshie Takeshita.
E falando da Lo Bianco, você sabe que alguns fãs de voleibol te chamam de "A Lo Bianco do Azerbaijão". Como isso te afeta?
Eu não ligo! É uma grande honra ser comparada a tão adorável levantadora. Seria incrível atingir seu nível um dia. Eu sei que nossos estilos são parecidos e espero que possa melhorar meu jogo e eu sei que farei todos que acreditam em mim e que torcem por mim muito felizes.
O que você pode falar da sua companheira de seleção, a levantadora Oksana Parkomenko?
Eu não citei a Oksana como modelo para mim no voleibol só porque ela é minha amiga e companheira de time! Oksana é uma verdadeira líder dentro de quadra e ela nunca perde o controle, está sempre muito calma e tranqüila e você pode sempre contar com ela para tomar a decisão certa numa situação crítica. Ela também é muito acolhedora e amigável e está sempre lá para ajudar as colegas mais jovens. Mesmo que nossos estilos sejam diferentes, ainda existe muito que eu posso aprender com ela. Ela tem tudo que uma jogadora precisa.
Não é nenhum segredo que a partida de Oksana para o Dinamo Moscou também abriu uma oportunidade para você mostrar suas habilidades e você usou esta oportunidade ao máximo. O que você acha sobre isso?
Eu concordo que essa foi a minha grande chance de provar meu valor, mas não posso dizer que usei ao máximo. Eu acho que ainda tenho muito o que provar e muito o que trabalhar. Eu apenas espero ter mais oportunidades para mostrar do que sou capaz. Dizem que a levantadora pode mostrar seu melhor a partir dos 25 anos, então acho que agora chegou o momento para eu começar a alcançar meus objetivos.
Qual o tipo de jogo é o seu favorito?
Eu gosto de jogar com velocidade, de forma não tradicional. Gosto de envolver todas, mas as vezes prefiro jogar através das meios.
Por um período de tempo você chegou também a ser capitã da seleção, deixou a impressão de alguém que é muito confiante e se portou como uma grande líder. Assim é como você é também fora das quadras?
Quando a seleção estava participando de alguns torneios realmente eu fui a capitã da equipe e devo dizer foi uma grande responsabilidade. Gostei muito e foi uma grande honra pra mim liderar a equipe. Quanto a sua pergunta, eu acho que sou a mesma pessoa tanto dentro quanto fora de quadra.
E quanto a uma carreira lá fora? Você já considerou isso? Eu sei que muitos times estrangeiros se interessaram em você esta temporada.
Foi o que eu escutei também. Me disseram que eu estava na lista de transferência de muitos clubes estrangeiros e provavelmente um dia eu vou me testar jogando em um clube ambicioso fora do Azerbaijão. Mas isso só o tempo irá dizer.
O que você acha do nível da Superliga no Azerbaijão?
Eu acho que o nível da Superliga está melhorando rápido e vejo grande progresso sendo feito. Hoje nós encontramos profissionais de alto nível jogando na nossa Liga e nossos times continuam atraindo estrelas de fora do Azerbaijão. A apenas dois anos atrás não podíamos imaginar jogadoras de calibre internacional vindo para o Azerbaijão e hoje temos uma liga muito competitiva.
Isso significa que você pode preferir ficar no Azerbaijão?
Se eu estiver feliz, então não vejo porque não. O maior motivo para eu ficar é jogar com regularidade em um ambiente competitivo. Essa é a razão mais importante para mim agora. O dinheiro também é importante, mas ser capaz de jogar na equipe titular e continuar a melhorar é o que me dá satisfação.
Existe alguém que você gostaria de agradecer por ser quem você é hoje?
Eu quero agradecer a todos que me ajudaram ao longo do caminho - todos os meus amigos, meus treinadores, minhas companheiras de time. Sem eles eu nunca poderia ter feito isso. E agradeço minha família e todos os fãs de vôlei pelo apoio eterno!
Thanks Ilgar once again, was indeed a great interview, congrats! We wish Natavan all the luck in this world, that she can have a lot of success in her career and also in her personal life.
fonte: azerivolley.com, inside-volley.com (Shabovta)
fotos: Christian Kemp (www.photo.lu) e Francis Manderscheid (www.volleyball.lu)
Eu não gosto nada do jogo da Oksana Parkomenko.
ResponderExcluirEspero que essa menina bote a oksana no banco.