Champions League -
O principal campeonato do continente é sempre marcado por uma disputa acirrada e essa temporada não foi diferente. A única coisa ruim esse ano foi o baixo número de participantes, 16 (normalmente são 20), mas nada que atrapalhasse o alto nível da competição. Nível esse confirmado com um incrível Final Four, disputado no lindo ginásio em Cannes, com todos os ingredientes para um grande espetáculo: torcidas dos quatro times fazendo uma linda festa, cordial, todos lado a lado sem sequer uma confusão. Dentro de quadra o show continuava. O turco Fenerbahçe chegou como grande favorito, ainda invicto na temporada, mas já na semi-final pode ver o que significa uma Champions League. Aliás o Final Four só teve jogaço, especialmente a final, que corou o Bergamo como hepta-campeão.
Um pequeno vídeo que explica o que foi essa Champions
Itália -
Depois de uma temporada perdendo muitas estrelas o campeonato italiano conseguiu se recuperar na temporada passada e proporcionou aos amantes do voleibol um dos campeonatos mais equilibrados dos últimos anos e com um ótimo nível.
O campeonato teve muitas surpresas. Algumas boas, como o Urbino, que com modesto investimento fez uma ótima campanha e o próprio Villa Cortese, que montou um grande time e quase se sagrou campeão no primeiro ano jogando a série A. O time teve que se contentar com o título da Copa Itália. No entanto algumas surpresas não foram lá muito boas. Pelo menos não para os torcedores do Busto Arsizio e, principalmente, do Novara. O primeiro, após um grande resultado na temporada anterior, teve que amargar a eliminação ainda nas oitavas de final. Ficou de consolo o título da Copa CEV, primeiro triunfo europeu do clube. Já o Novara não tem muito o que comemorar. O time que foi montado para vencer tudo, com um grande investimento para a contratação de Logan Tom e Manon Flier não conseguiu ir muito longe em nenhuma competição. O clube viveu cercado por polêmicas durante todo ano, o técnico caiu, nada funcionou para a equipe. A maior alegria foi chegar ao Final Four da Champions, mas foi pouco para as ambições do time.
O campeonato, aliás, foi cercado por polêmicas. Muitos técnicos caíram, a canadense Sarah Pavan fez brincadeiras em seu blog que quase a tiraram da equipe (não lembra? clique aqui) e talvez a pior notícia da temporada para o campeonato foi a suspeita de fraude, por parte de Perugia e Aprilla, na inscrição para o campeonato. Problema que ainda não teve um desfecho, ninguém sabe o que poderá acontecer com esses times no futuro.
Mas nem isso foi capaz de apagar o brilho do campeonato, que terminou com o merecido tri-campeonato para o Pesaro, que não deu a menor chance ao Villa Cortese na final.
Rússia -
O campeonato russo também sofreu algumas baixas com a saída de estrelas como Sokolova e Gamova, mas nem por isso perdeu sua força. Os times mais tradicionais continuaram jogando um grande voleibol tanto em solo russo quanto na Champions League. Talvez a única decepção tenha sido o Belgorod, que na Champions chegou a vencer o Bergamo, acabou rebaixado. Mas os russos não tem muito do que reclamar, afinal o que não faltou foi emoção. Entre os melhores campeonatos teve a série final mais espetacular. O Dínamo Moscou abriu dois a zero e parecia que nada o impediria de levantar mais um troféu, mas o Odintsovo, das brasileiras Paula e Walewska, que parecia estar completamente entregue, conseguiu reverter a situação de maneira incrível. Venceu os três jogos seguintes e faturou o título, deixando o grande rival bastante frustrado.
A nota triste, não só do voleibol russo, como de todos aqueles que amam voleibol, foi o acidente de Natalia Safronova, que quase lhe tirou a vida. Graças a Deus a recuperação dela segue avançando. Sua causa mobilizou o esporte russo, que está fazendo diversas atividades para conseguir fundos para cobrir o tratamento, que é bem caro. O Blog segue com os melhores pensamentos para ela e para sua família. O volei é o menos importante em um momento como esse, que ela consiga ao menos ter o direito de voltar a viver, de fazer aquilo que gosta.
Turquia -
O campeonato turco com certeza é o que mais cresceu nos últimos anos. Para essa temporada mais uma leva de grandes jogadoras se mudou para Istanbul se dividindo entre os grandes times do país: Fenerbahçe, VakifBank e Eczacibasi. O primeiro, especialmente, não parecia estar disposto a dar chance ao azar. Montou um timaço e os resultados vieram. O time perdeu apenas dois jogos em toda a temporada e se sagrou campeão turco, sem muitas dificuldades podemos dizer. O momento de maior emoção na temporada foi a final da Copa Turca, onde viu seu título ameaçado pelo Vakifbank tendo que jogar um Golden set, mas no fim nenhuma surpresa. Talvez a decepção do país tenha sido a não classificação do Eczacibasi para o Final Four da Copa CEV.
O campeonato parece ficar cada vez mais forte. Resta saber se esse será um trabalho de longo prazo ou não.
Terminando este post, essa temporada parece ter sido a temporada das grávidas! Muitas foram as jogadoras que tiveram que se afastar para poder cuidar da gravidez e da maternidade. De cabeça, entre as mais conhecidas, me lembro de 9 nomes, as americanas Dani Scott e Haneef, as polonesas Glinka e Rosner, a cubana Calderón, a brasileira Marcelle, a russa Sedova, a italiana Togut, sem falar da holandesa Kim Staelens, que descobriu a gravidez no meio da temporada. A boa notícia agora, é que além de filhos lindos, boa parte dessas mamães deve retornar a vida de atleta, tornando os campeonatos mundo a fora ainda mais interessantes.
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